O Ministério da Saúde já adverte: “Fumar faz mal à saúde”. As consequências do uso do cigarro são bem conhecidas, mas há pouco confirmou-se que fumar pode também ser um fator de risco para a Doença de Alzheimer (DA).
A confirmação veio após revisão de 43 estudos publicados de 1984-2007. Um quarto dos estudos tiveram uma afiliação com a indústria do tabaco e, coincidência ou não, a maioria dos resultados desses autores sugeriram que o fumo protege contra o desenvolvimento da DA (hãn?). Resultados opostos foram encontrados pelos estudos independentes que afirmam que fumar cigarros é um fator de risco para a doença. A análise dos 43 estudos foram publicados no Journal of Alzheimer’s Disease (jan/2010).
“Por muitos anos, os estudos publicados e meios populares têm perpetuado o mito de que fumar é protetor contra o desenvolvimento da DA. O impacto da doença na qualidade de vida e nos cuidados de saúde continua a aumentar. Assim, é essencial a compreensão das causas da DA, em particular, o papel do tabagismo na doença”, disse Janine K. Cataldo, PhD, RN, professor adjunto de Enfermagem e principal autor do estudo.
O risco médio de um fumante desenvolver DA, com base em estudos sem afiliação da indústria do tabaco, foi estimado em 1,72, o que significa que fumar quase dobrou o risco de desenvolver Alzheimer. Em contrapartida, a equipe descobriu que os estudos de autoria de indivíduos com filiações indústria do tabaco, mostrou um fator de risco de 0.86 (menos de um), sugerindo que o fumo protege contra o AD. Quando todos os estudos foram considerados em conjunto, o fator de risco para desenvolver DA do fumo era essencialmente neutro (1,05), estatisticamente insignificante.
Parece que agora existe mais um motivo para não fumar…
Ana Katharina Leite
Fonte: Behavioral Health Central ; Journal of Alzheimer’s Disease (January issue, 19:2).