Veja atividades que podem ser feitas usando a agenda telefônica do cliente!

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Atualmente, registramos nossos contatos telefônicos em celulares, em computadores, usando a tecnologia a nosso favor. Porém, sabemos que nem sempre foi assim, antigamente todos esses contatos ficavam ao lado do aparelho do telefone de casa, na agenda telefônica.

O insight do uso desse material na terapia veio um belo dia quando entrei na casa de uma cliente e deparei-me com um “belo exemplar” de uma agenda telefônica antiga. Imediatamente, larguei a ideia que tinha planejado para aquele atendimento e comecei:

1. Conversa sobre como a cliente e sua família guardavam os contatos telefônicos, e assim chegamos a agenda;

2. Procura pela agenda telefônica (aproveitando o momento para avaliar o uso; saber se ainda é usada para escrever os contatos ou procurá-los);

3. Folhear a agenda (usei a ordem alfabética) e ler com a cliente os nomes de pessoas e serviços, resgatando quem eram aqueles contatos, evocando lembranças de características físicas, histórias, etc.

Com essa cliente citada na história usei esse recurso durante três sessões e em todas, ela maravilhada, comentava: “Meu Deus, há tanto tempo que não vejo/não falo/ não tenho tenho notícias“; “Vou ligar para ele/ela assim que terminar aqui”; “Ah, lembrei de uma história sobre essa pessoa que é muito boa“. Enfim, depois dessas sessões me animei para construir materiais e pensar em outras atividades usando esses contatos telefônicos.

Com outros clientes, com necessidades diferentes, eu ainda:

– Pedi que transcrevesse com o cuidador os contatos telefônicos ainda usados (isso incluiu a compra da agenda, um bom ditado – já falamos dele aqui, lembram?- e uma boa cópia);

– Escolhi ao acaso uns contatos e pedi que eles fosse colocados em ordem alfabética e, dependendo o grau de intimidade, a ordem cronológica – isso mesmo, do mais velho para o mais novo- e, por fim, que o cliente procurasse aqueles contatos na agenda.

Mais sugestões de uso desse material ou de outro que os clientes tenham em casa?? Comenta aqui ou envia para : contato@reab.me. Estamos esperando… 😉

Imagem: Normadic Lass

{Post de 2011 atualizado}


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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

2 COMENTÁRIOS

  1. Fiz um “jogo da memória” com fotos antigas do álbum da cliente.

    “Xeroquei” os rostos das pessoas e colei em cartões, duas de cada. De início as duas eram da mesma foto. Com elas montei um jogo de memória.
    Depois aumentei um pouco a dificuldade. As fotos eram de épocas diferentes ( mais ou menos jovens, com mudanças no vestuário, corte de cabelo etc. Foi divertido e provocou lembranças sobre o dia em que foi tirada a foto, como era a pessoa etc
    Rendeu bastante e ela se divertiu a bessa.

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