Atualmente, registramos nossos contatos telefônicos em celulares, em computadores, usando a tecnologia a nosso favor. Porém, sabemos que nem sempre foi assim, antigamente todos esses contatos ficavam ao lado do aparelho do telefone de casa, na agenda telefônica.
O insight do uso desse material na terapia veio um belo dia quando entrei na casa de uma cliente e deparei-me com um “belo exemplar” de uma agenda telefônica antiga. Imediatamente, larguei a ideia que tinha planejado para aquele atendimento e comecei:
1. Conversa sobre como a cliente e sua família guardavam os contatos telefônicos, e assim chegamos a agenda;
2. Procura pela agenda telefônica (aproveitando o momento para avaliar o uso; saber se ainda é usada para escrever os contatos ou procurá-los);
3. Folhear a agenda (usei a ordem alfabética) e ler com a cliente os nomes de pessoas e serviços, resgatando quem eram aqueles contatos, evocando lembranças de características físicas, histórias, etc.
Com essa cliente citada na história usei esse recurso durante três sessões e em todas, ela maravilhada, comentava: “Meu Deus, há tanto tempo que não vejo/não falo/ não tenho tenho notícias“; “Vou ligar para ele/ela assim que terminar aqui”; “Ah, lembrei de uma história sobre essa pessoa que é muito boa“. Enfim, depois dessas sessões me animei para construir materiais e pensar em outras atividades usando esses contatos telefônicos.
Com outros clientes, com necessidades diferentes, eu ainda:
– Pedi que transcrevesse com o cuidador os contatos telefônicos ainda usados (isso incluiu a compra da agenda, um bom ditado – já falamos dele aqui, lembram?- e uma boa cópia);
– Escolhi ao acaso uns contatos e pedi que eles fosse colocados em ordem alfabética e, dependendo o grau de intimidade, a ordem cronológica – isso mesmo, do mais velho para o mais novo- e, por fim, que o cliente procurasse aqueles contatos na agenda.
Mais sugestões de uso desse material ou de outro que os clientes tenham em casa?? Comenta aqui ou envia para : contato@reab.me. Estamos esperando… 😉
Imagem: Normadic Lass
{Post de 2011 atualizado}
Fiz um “jogo da memória” com fotos antigas do álbum da cliente.
“Xeroquei” os rostos das pessoas e colei em cartões, duas de cada. De início as duas eram da mesma foto. Com elas montei um jogo de memória.
Depois aumentei um pouco a dificuldade. As fotos eram de épocas diferentes ( mais ou menos jovens, com mudanças no vestuário, corte de cabelo etc. Foi divertido e provocou lembranças sobre o dia em que foi tirada a foto, como era a pessoa etc
Rendeu bastante e ela se divertiu a bessa.
Rita, fotografa isso e manda pra gente!! Fantástico!!! Abraço, Ana K.