As 10 qualidades essenciais para um reabilitador (ou outro profissional) que trabalha com pessoas com deficiência

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1 . Gostar de pessoas – incondicionalmente

Existem muitas pessoas que não aprenderam (ainda) a gostar das pessoas como elas são e, como consequência, criam expectativas demasiadas sobre os pontos positivos e negativos da pessoa, tenha ela deficiência ou não. O problema desse tipo de pessoa é que muitas vezes ela não parece saber o que fazer quando alguém se comporta fora essas expectativas.

O perfil descrito no parágrafo anterior não combina com o de um profissional que trabalha com deficiência. Claro que existe a exceção: aquela pessoa que sabe separar suas expectativas pessoais das profissional. No entanto, sabemos que nem todo mundo é assim. Atitudes de extrema expectativa, quando se trabalha com uma pessoa com deficiência, pode não ajudar no processo de reabilitação. Ah, e pior ainda, não deixar que se perceba os pequenos ganhos, tão importantes quanto os maiores, pois representam o caminho para chegar até lá!

O reabilitados precisa gostar de estar perto de pessoas, independente das capacidades e disfunções, e tem atitudes que são uma influência positiva na vida de quem o rodeia, sejam os clientes, os familiares ou outros reabilitadores.

2 . Ter calma

O trabalho de um reabilitador pode parecer ser ingrato, repetitivo e frustrante por longos períodos, uma vez que pode ser interrompido por questões incontroláveis, como emergências médicas . Os melhores reabilitadores mantêm a calma e são pacientes, tanto na crise quanto no “tédio” da falta de mudança de uma situação. Poucas pessoas conseguem isso de uma forma leve, apesar de alguns aprenderem com a prática.

3 . Ser organizado

Uma vez que muitas pessoas deficientes não têm as habilidades de funções executivas preservadas, uma grande parte do trabalho de um reabilitados pode ser ensinar e modelar de competências organizacionais. Isso significa manter controle de tarefas, instruindo o cliente até sobre a manutenção de limpeza em uma mesa ou armário e muito mais .

4 . Saber lidar com uma equipe

Uma fonte constante de desafios para reabilitadores é o “cabo de guerra” que pode existir entre professores, outros reabilitadores, familiares/cuidadores e clientes. O trabalho do reabilitados têm influência e é influênciado pelas atitudes e intervenções das outras pessoas que fazem parte dessa equipe, e isso exige atenção e (o que chamamos aqui no Brasil) de jogo de cintura. Todo esse jogo ainda pode ter um dificultador que é a falta de opinião do cliente em um processo que é todo dele. Assim, de uma forma geral, o papel do reabilitador dentro dessa equipe requer reflexão e diplomacia.

5. Ser criativo

Criatividade se traduz na capacidade de pensar fora da caixa – e essa é a única maneira de trabalhar de forma produtiva com pessoas com deficiência! Reabilitadores precisam chegar a soluções criativas sempre que os métodos tradicionais falham, e isso acontece muitas vezes acontece! Ou seja, situações que exigem criatividade são mais a regra que a exceção no universo de um reabilitador.

6. Estar sempre bem informado

E isso não diz respeito somente ao que faz parte do universo da reabilitação, mas também no que faz parte dos avanços médicos e das formas que a escola e a sociedade lidam com dificuldades que sempre fazem parte do universo da pessoa com deficiência. Atualmente, com a advento da internet é mais fácil achar sites, interagir com outros profissionais (independente da distância) e ir atrás de informações que têm impacto na intervenção de reabilitação e na participação social do cliente.
7 . Ser intelectualmente curioso

É necessário a um reabilitador não apenas ter mais informação, mas também estar disposto a flexibilizar pensamentos e atitudes. Reabilitadores têm que estar sempre prontos para mudar a maneira como eles fazem as coisas, até porque cada cliente é um, mesmo tendo a mesma condição de saúde, e mesmo cada um desses podem estar em momentos diferentes que levam à necessidades especiais a cada hora. Ou ainda, eles podem achar que os métodos tradicionais não funcionam em uma situação particular e ter que ir atrás de outras formas de fazer. Assim, os profissionais de reabilitação têm que ser curiosos na busca de soluções.

E a forma de buscar é diversificada, pode ser vendo filmes (já viram os filmes que indicamos aqui no site?- clique aqui), lendo artigos, conversando com colegas e até mesmo com familiares e cuidadores.

8 . Saber quando recuar

Os melhores reabilitadores permitem e incentivam os clientes a desenvolverem a independência na hora certa. A ansiedade em respostas e sempre achar que precisa mostrar o quanto antes uma evolução pode atrapalhar e gerar desconforto em uma intervenção que precisa ser leve.  Reabilitadores devem saber que manter uma situação ou dar um passo atrás faz parte, pois isso pode acontecer enquanto o cliente descobre o caminho por si mesmo e luta para ter o ganho.

9 . Saber quando a intervir

Quando algo não está certo ou pode melhorar, o reabilitador é responsável por saber. Às vezes, é uma situação social complexa ou até mesmo uma lição de habilidades para a vida.

10 . Ter uma atitude positiva

Provavelmente, o atributo mais importante para um reabilitador ou qualquer pessoa que trabalhe com os alunos que têm necessidades especiais é ter uma atitude positiva.  Essa esperança pode ser o suficiente para fazer a diferença e iluminar o caminho dos clientes e familiares.

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fonte: friends circle imagem: ranken jordan

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Sou terapeuta ocupacional de formação, comunicadora por dom e experiência ao longo dos 10 anos frente ao reab.me; empresária que aposta na produção de produtos e conteúdos significativos e com propósito para ajudar as pessoas que precisam dos cuidado da reabilitação. Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE) com especialização em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design (UFPE). Sou autora de 4 livros de exercícios para estimulação cognitiva que servem como material de apoio em contextos terapêuticos que visam a manutenção ou melhora de disfunções cognitivas. Sendo eles: - 50 exercícios para estimulação cognitiva: o cotidiano em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a culinária em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva: a família em evidência; - 50 exercícios para estimulação cognitiva de crianças com dificuldades de aprendizagem. No mais, sou Ana, esposa de Fábio, mãe de Olga e Inácio. Praticante de meditação e yoga.

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