Nos últimos anos temos nos deparado com diversas pesquisas acerca dos efeitos da realidade virtual em diferentes disfunções neurológicas. Quando partimos para pesquisas sobre estes benefícios para idosos com algum comprometimento cognitivo, estes ainda são limitados.
Conforme Relatório Mundial de Alzheimer, publicado em 2018 o número de idosos com diagnóstico de doença de Alzheimer chega a 50 milhões e este número vem crescendo a cada dia.
Um estudo publicado na revista de Neurologia realizou uma revisão sistemática para entender melhor sobre a Realidade Virtual como uma ferramenta terapêutica para melhorar ou prevenir alguns sintomas associados a distúrbios neurológicos. O estudo associando as evidências com possíveis melhoras cognitivas e motoras para idosos com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e até para demências em fase avançada.
A realidade virtual pode ser definida como uma abordagem imersiva/não imersiva que envolve a relação usuário-computador simulando ambientes, situações, cenas e até atividades para que o usuário possa interagir através de múltiplos canais sensoriais.
Dentre as análises feitas no artigo, alguns evidenciaram melhora no desempenho de algumas habilidades cognitivas e de Atividades de Vida Diária (AVD) porém, estes resultados não foram avaliados a longo prazo, apresentando apenas melhoras relacionadas ao funcionamento durante a atividade supervisionada.
Sobre a questão diagnóstica, o estudo sugere que a realidade virtual é uma ferramenta capaz de rastrear possíveis alterações na funcionalidade. Este baseado na imersão e observação da interação do usuário com o ambiente virtual durante a realização de algumas atividades, avaliando o desempenho e possíveis limitações relacionadas a tarefas específicas.
Confira alguns resultados presentes nos estudos analisados:
Se te interessa ler o estudo e saber mais: Cibeira N, Lorenzo-López L, Maseda A, López-López R, Moreno-Peral P, Millán-Calenti JC. Virtual reality as a tool for the prevention, diagnosis and treatment of cognitive impairment in the elderly: a systematic review. Rev Neurol 2020;71 (06):205-212
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