A revisão publicada na Revista de Neurologia (Volume 62 Núm 2) discorre sobre a trajetória da avaliação neuropsicológica da memória baseada nos ambientes de realidade virtual, e realiza um percurso por testes existentes para a avaliação da aprendizagem, memória prospectiva, episódica e espacial, bem como as tentativas mais recentes de realizar uma avaliação abrangente de todos os componentes de memória.
Sabe-se que a memória humana é um complexo sistema, cuja estreita relação com as funções executivas fazem que, em muitos casos, um déficit mnemônico acarrete em dificuldades de manejar os conteúdo adequadamente armazenados, prejudicando a realização das mais variadas atividades no cotidiano.
Os testes de memória tradicionais são mais focados no armazenamento da informação do que no processamento, e podem ser pouco sensíveis tanto para o funcionamento diário como para as mudanças decorrentes de programas de reabilitação.
Há uma ampla evidência da necessidade de melhorias nas avaliações mnemônicas. Os testes precisam oferecer uma maior validade ecológica, informações relacionadas as várias modalidades sensoriais e uma produção de distratores, tal como acontece na vida real.
Na realidade virtual se produz ambientes tridimensionais, como os quais os pacientes interagem de forma dinâmica, com uma sensação de imersão e presença semelhante à exposição a ambientes reais, nos quais se pode controlar sistematicamente a apresentação destes estímulos , distratores e outras variáveis. Sendo assim, parece a realidade virtual ser um instrumento valioso nas avaliações mnemônicas, capaz de ser mais fiéis ao funcionamento cognitivo no cotidiano.
Fonte: ncbi
Veja também:
Cartilha de diretrizes à estimulação precoce de crianças com Microcefalia
Ter uma perspectiva negativa sobre o envelhecimento pode aumentar o risco de Alzheimer
Cadernos de exercícios para estimulação cognitiva Reab.me
Fonte: neurologia.com
Excelentes ideias. Parabéns.