5 comportamentos comuns na doença de Alzheimer

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Veja aqui alguns comportamentos comuns na doença de Alzheimer e ao fim do post compartilhe conosco suas estratégias de enfrentamento, caso já tenha  tido a experiência.

1 . Explosões de raiva e agressão física

A agressão verbal ou física , que pode ser bastante alarmante, é comum em pacientes com Alzheimer. É fundamental para os cuidadores lembrarem que a doença está provocando esses comportamentos, e que o paciente não está agindo dessa maneira deliberadamente. Outra estratégia importante é identificar se há uma causa imediata para o comportamento, como desconforto físico ou excesso de estimulação.

2 . Ansiedade, agitação e perambulação

A Demência torna muito difícil o processamento dos estímulos e as novas informações, gerando em muitas pessoas com a doença de Alzheimer ansiedade. Essa ansiedade muitas vezes se manifesta na forma de inquietação, agitação e perambulação. A ansiedade é muitas vezes desencadeada por detalhes muito específicos no ambiente, de modo que o cuidador deve ficar atento para tentar identificar o que está causando a ansiedade; uma vez descoberta a causa, o cuidador vai desviar a atenção do doente, por exemplo, fazendo uma pequena caminhada, ouvindo música suave ou cantando uma canção.

Quer ler mais sobre o assunto? O post “TUDO o que você queria saber sobre agitação e perambularão na doença de Alzheimer: por que ocorre e como agir?” pode te interessar!

3 . Acusações infundadas

Os cuidadores podem sentir bastante quando o comportamento claramente não está baseado na realidade, como alucinações – percebendo algo que não está realmente lá- ou delírios, que são crenças falsas que podem levar à paranóia. Às vezes, uma simples distração pode ajudar a trazer uma pessoa com Alzheimer de volta para o presente, mas as alucinações ou delírios graves devem ser levados à atenção do médico que acompanha o paciente.

4 . Repetir Histórias

Os problemas de memória causados ​​pela doença de Alzheimer pode levar a uma variedade de comportamentos perturbadores, incluindo a repetição de palavras, histórias ou atividades, desorientação, mesmo em locais conhecidos, e em casos graves, confusão sobre a passagem do tempo. O mais importante nessas situações é manter a calma e ser paciente. Auxiliares de memória, tais como notas ou fotos podem ajudar. Ann Napoletan, que foi um cuidador de Alzheimer por muitos anos disse: ” O meu conselho – em primeiro lugar –  é não discutir ou tentar corrigi-los quando eles repetem algo de novo e de novo. Por mais difícil que seja, é melhor você pode apenas sorrir e acenar (mesmo se você está sem paciência). Você terá menos arrependimentos, se você não deixar que esses momentos se transformem em péssimas situações”.

5 . Problemas do sono e a síndrome crepuscular

Não é bem entendido por que os distúrbios do sono ocorrem em pacientes de Alzheimer, é comum para eles experimentar a inquietação noturna e as alterações em seus horários de sono. A conhecida síndrome crepuscular pode agravar problemas comportamentais e criar situações de estresse para paciente e cuidador. O cuidador familiar deve ter uma rotina de atividade estruturada durante o dia e uma dieta saudável que limita ingestão de açúcar e cafeína. Os especialistas também recomendam que você tenha certeza que o cliente não está tendo excessos de cochilos durante o dia, o que pode causar impacto na hora do sono. Outra dica é fechar as cortinas pouco antes do anoitecer e ligue tantas luzes interiores quanto for possível para evitar a síndrome crepuscular.

Esse artigo pode te interessar: Causas de agitação e da síndrome crepuscular nas pessoas com Alzheimer – Se você não sabe o que é essa síndrome, leia o post e compreenda.

Embora esses não sejam os únicos problemas de comportamento comuns aos pacientes com Alzheimer, porque a dificuldade em atividades simples, como vestir, tomar banho e comer também sejam sintomas comuns, eles são alguns dos mais prevalentes. Se você tem um ente querido com Alzheimer, queremos saber qual foi a questão comportamental mais difícil que você encontrou? Quais são as suas estratégias de enfrentamento para esta situação?

fonte: a place for mom  imagem: tom beard shaw

12 COMENTÁRIOS

  1. Boa tarde, mamãe tem alzheimer desde 2007. Desde então criei uma rotina de horários: as 5 hs eu acordo, dou o remédio da tireóide em jejum, faço café e passo o pão na frigideira. Ligo a tv pra ver as notícias. Dou os anticoagulante s , deixo ela deitada até as 8 hs , faço mingau de cremogema com nutridrink e dou na boca. Depois dou o antidepressivo . Ela levanta pra tomar banho, depois coloco ela na sala , enxugo pernas e pés, e ela fica tomando sol , dou um café com bolo. As 11 hs dou almoço com suco e meia banana ou sorvete. As 12 hs vou pro quarto com ela, ligo a tv e deitamos pra descansar e ver as notícias. Ela cochila até as 13 e 30. Acorda e eu dou café com leite e bolo . Ai , começa a procura pelas criança s , onde ela não me conhece mais . Eu tenho de ligar de dentro do banheiro pro convencional, e me passo pela criança. As 17 hs já estamos deitada. Ela acorda várias vezes na madruga pra fazer xixi e beber água. Ufa , cansei.

  2. Enquanto terapeuta ocupacional, na minha assistência clinica, tenho presenciado varias queixas de cuidadores com relação a “mudanças repentinas de comportamento” na pessoa com doença de Alzheimer, e consequentemente a insistência em que o familiar responsável contate o medico para que a medicação resolva esse problema.
    minha orientação aos cuidadores é que primeiro temos que procurar essa respostas no ambiente e no ultimo caso procurar ajuda do medico.
    as alterações do comportamento podem estar relacionadas ao frio, calor, fome, sede, banheiro nº 1 e 2, cólicas, gases, mal estar, coceira no corpo, roupa apertada, absorvente molhado, quer dizer, algum detalhe que ainda não foi percebido. é preciso MUITA ATENÇÃO.
    Outra situação é qdo a pessoa com DA recebe visitas familiares, todos conversam entre si e pouco falam com ela, excesso de barulho, de tempo, de estímulo. Ela pouco compreende o que falam, ouve parte da conversa, se preocupa com o que dizem, sente-se insegura.
    tudo isso pode levar a pessoa com DA a apresentar uma alteração de comportamento, checado esses itens, e ainda assim a pessoa continuar, é necessário contatar o médico.
    no entanto, se conseguirmos resolver sem medicação, será um sucesso para a pessoa e para nós, cuidadores, pois ó excesso de medicamentos trás consequências que todos sabemos. abraços

    • O diz é, sem dúvida, uma grande verdade. Sou cuidador de utente com DA e ele apresenta todos esses sintomas. Depois da minha chegada à residência, passei a não só cuidar dele mas também orientar toda a família em relação a como lidar com o patriarca acometida da DA. Hoje há uma harmonia entre todos. Muito disso aprendi aqui no portal REAB.

  3. Gostaria de ter tido maior conhecimento da DA quando meu pai, portador, era vivo…
    Minha dificuldade era convencê-lo de que já almoçara. Ainda na mesa, e terminando a sobremesa, dizia-me ele: estou com fome, ainda não comi ! No início eu insistia com ele, tentando mudar seu pensamento. Com o tempo adotei a prática de dizer que ele tinha razão, e que eu ia fazer o almoço, que ele, por favor, esperasse um pouquinho. Dava certo: eu ia conversando, e ele já saciado, esquecia a “fome” . . . Tenho saudades dos sorrisos dele . . .

  4. Meu pai 81 anos levanta a noite, vai ao sanitária, faz o n° 2 na fralda, depois ele mesmo tira suja o vaso e todo caminho de volta para o quarto, te que podemos fazer melhorar esta situação e amenizar o trabalho da minha mãe e meu irmão que cuida dele.

    • Olá, você pode buscar ajuda de um Terapeuta Ocupacional, onde irá organizar a rotina do idoso e trabalhar com as questões básicas ligadas as atividades de vida diária em parceria com a família.
      Abraços.

  5. Olá ,sou a nora dela,quando foi pra minha casa ,ela estava totalmente atordoada,chorava,se apegou a mim muito,pq ela estava morando sozinha,ela surtou saiu sozinha se perdeu foi aí que os filhos perceberam que ela não estava bem,com os cuidado diários com remédio,cuidados básicos de higiene e alimentação correta graças a Deus ela está forte,está bem parou de chorar,a alguns meses ela está ficando um pouco rebelde não aceita banho,ela usa fraldas,não aceita alimentacao,pra mim que sou cuidadora dela em tempo integral está me estafando pq tenho 4 filhos e um deles é um bebê de quase dois anos,ela fica o tempo todo atrás da criança (cuidando),as vezes ela emburrada e não aceita nada ,me sinto muito mal pq parece que eu não estou cuidando bem dela,ela fala mal de mim,alguns até acreditam e outros já sabem,mas queria muito saber se a personalidade dela já foi perdida ou se ela continua lembrando de quem é,pq ela infelizmente me fez sofrer muito quando mais nova,e como posso reagir quando ela começa a nesse ordens descabidas ,como posso agir sem me magoar e sem magoar minha sogra,lembrando cuido dela em tempo integral a um ano e cuido de tudo casa,roupa, alimentação enfim isolada com ela.obrigada por me ouvir e parabéns pela ajuda que nós dá ,pela dedicação de vcs .

  6. Sou cuidadora e realmente quem redigiu o texto e show,obrigada por tudinho. APRENDI amar essas crianças gigantes E cuidar com.Amor pq são nuito dependentes de todos .SÓ uma.pergunta a pessoa que tem alzhaimer tem altismo?.

    • oi Alessandra, que bom que você gostou do nosso texto.
      Respondendo a sua pergunta, o Alzheimer e o Autismos são duas condições diferentes e seus diagnósticos não são associados.
      Abraços.

  7. Olá! Minha mãe tem Alzheimer há mais de seis anos. Agora está com uma coceira em todo corpo ficando muito nervosa e agressiva, está com câncer no intestino, fígado e pulmão. Fez cirurgia para colocar bolsa de colostomia. Não sei o que fazer quanto a coceira pois não dormi nem com medicação. Essa coceira é normal?

    • Oi Emília, é importante que você observe a origem da coceira, como por exemplo “começou a se coçar depois que tomou tal medicamento, ou comeu tal coisa” e levar a queixa a um dermatologista. Ele irá avaliar e aí sim poderá te informar as posteriores condutas, abraços.

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